Pré-sal brasileiro, bem além da "megalo" presunção ... - uno Gitano™

Pré-sal brasileiro, bem além da "megalo" presunção ...




Prospecções muito profundas ameaçam meio ambiente, diz especialista

Segundo especialistas alemães, prospecção de petróleo em grandes profundidades aumenta riscos para meio ambiente. Catástrofe ambiental no Golfo do México pode vir a superar danos com acidente do Exxon Valdez.

As primeiras manchas do óleo derramado no Golfo do México chegaram nesta sexta-feira (30/4) à costa do estado norte-americano de Louisiana, e ameaçam um ecossistema único do Delta do Mississipi. Habitantes da área temem por sua subsistência, devido às diversas tentativas sem sucesso de deter a contaminação e reparar as avarias da plataforma afundada.

Vazamento de plataforma já pode ser visto nas praias
Pode ser a pior catástrofe ambiental nos Estados Unidos em décadas. Pior mesmo do que o acidente com o petroleiro Exxon Valdez, no Alasca. Centenas de espécies de aves e peixes estão sob ameaça.

Há dez dias, diversos especialistas tentam deter o vazamento e a mancha de óleo em expansão. Em 20 de abril, um acidente na plataforma de petróleo Deepwater Horizon matou 11 dos 126 trabalhadores da unidade. A estação foi afundada nas águas do Golfo do México dois dias depois.



Acidente pode superar vazamento do Exxon Valdez

Porém três vazamentos despejam diariamente no mar cerca de 800 mil litros de petróleo. Em três meses – tempo possivelmente necessário para concluir uma segunda perfuração para vedar o vazamento – já estariam ultrapassados os 41 milhões de litros despejados no oceano em 1989 pelo petroleiro Exxon Valdez.


A secretária de Segurança Nacional dos EUA, Janet Napolitano, ressaltou que a petrolífera britânica BP, responsável pela plataforma deverá arcar com os custos das operações de salvamento. A empresa pediu oficialmente auxílio ao governo americano. O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que "o governo continuará empregando todos os meios ao seu alcance e, se necessário, também o Ministério da Defesa".

A BP está empregando dez robôs submarinos na região, que tentam, até agora sem sucesso, fechar os vazamentos a 1.500 metros de profundidade.



Prospecções profundas aumentam chances de acidentes

Depois do vazamento de óleo no Golfo do México, especialistas alemães alertam para outras catástrofes parecidas em plataformas do petróleo de grandes profundidades.

Com centenas de espécies, fauna do
Delta do Mississipi está ameaçada
"Estatisticamente é muito simples. Quanto mais atividades houver, maior é a chance de ocorrerem acidentes", resume o geoquímico alemão Lorenz Schwark, da Universidade de Kiel.

O cientista afirma que os padrões de segurança para plataformas petrolíferas são suficientemente rígidos, mas lembra que, em grandes profundidades, são enormes as dificuldades tecnológicas envolvidas, em caso de problemas.



Novas reservas, como pré-sal brasileiro, são desafios preocupantes...

Enquanto as reservas em águas rasas vão se exaurindo, as companhias petroleiras partem em busca de fontes cada vez mais profundas, aumentando o risco de novos desastres ecológicos no mar. Isso também diz respeito à camada de pré-sal da costa brasileira.


"Reservas gigantescas estão sendo encontradas, sobretudo, em profundidades submarinas a partir dos 2 mil metros. Nessa área, a exploração vem crescendo dramaticamente, sobretudo nas costas do Brasil e do Ocidente africano ", lembrou Schwark, em entrevista ao jornal alemão Die Tageszeitung.


"Ao mesmo tempo, ela envolve grandes desafios técnicos. Nessa região só é possível se trabalhar com robôs, porque ninguém consegue mergulhar tão fundo. Além do mais, lá é escuro e vazamentos só conseguem ser reparados com dificuldade. Isso é um problema enorme", avalia. 



Não há segurança total, apesar de tecnologia avançada

Apesar dos altos padrões tecnológicos, não há como garantir segurança absoluta.

"Essas plataformas petrolíferas são projetos milionários, com enormes investimentos de segurança. Mas a tecnologia já chegou a tamanha complexidade que, apesar de todos os esforços, continua sempre existindo o risco de falha técnica ou humana", ressalta Christian Bussau, oceanógrafo do Greenpeace. Para ele, as empresas já trabalham nos limites do possível.

Em entrevista à emissora Deutschlandfunk, Bussau observa que o vazamento verificado na costa estadunidense é muito mais difícil de ser controlado do que em plataformas no Mar do Norte, por exemplo.
"Lá, a profundidade é de, no máximo, 200 metros e, em caso de acidente, mergulhadores podem fechar o vazamento com a ajuda de robôs", diz. O que não é mais possível no caso da Deep Water Horizon, que depende somente a assistência de máquinas. "Um robô submarino possui luzes e câmeras, mas a visão lá embaixo é extremamente ruim. E com o óleo, a visibilidade passa a ser quase zero", afirma.


Autores: Marcio Damasceno / Dirk Müller - DW



Mancha que já atingiu o estado da Louisiana ameaça também a Flórida, Alabama e Mississipi. BP ainda tenta fechar o poço que despeja cerca de 200 mil galões de petróleo diariamente no mar.


Sob ameaça de "um desastre ambiental sem precedentes", segundo o próprio Barack Obama, o estado de Louisiana, na costa sul dos Estados Unidos é um dos primeiros a ser atingido pela mancha de óleo que se espalha pelo Golfo do México desde 20 de abril.

Neste domingo (02/05), o presidente dos Estados Unidos afirmou que a companhia inglesa de petróleo BP, que fazia a exploração na plataforma que explodiu no mês passado, é a responsável pelo vazamento e terá que pagar pela despoluição da área atingida.

"O óleo que continua vazando pode prejudicar seriamente a economia e o meio ambiente dos nossos estados do Golfo. E pode se estender por um período longo. Pode ameaçar a moradia de milhares de americanos que vivem aqui", declarou Obama durante sua visita a Venice, no estado de Louisiana.

O presidente quis ver de perto o risco que se aproxima da cidade portuária de 400 habitantes que dependem da pesca. O vento forte e a chuva que caem na região desde domingo impossibilitam momentaneamente a operação de contenção da mancha.

A poluição chegou ao limite do estado da Louisiana ainda na última sexta-feira. A pesca na região está proibida. O governo federal promete ajuda à população local, já que a principal atividade econômica está suspensa.


Trabalho da BP

Obama discursa debaixo de chuva
A plataforma de exploração de petróleo da BP Deep Water Horizon, localizada no Golfo do México, explodiu em 20 de abril último, matando 11 trabalhadores e afundando dois dias depois. O vazamento de óleo desde então se espalha e ameaça, além de Louisiana, os estados da Flórida, Alabama e Mississipi.

A companhia usa submarinos controlados remotamente para tentar fechar o poço de petróleo a 1.500 metros de profundidade. A operação, segundo o presidente da BP Lamar McKay, se compara a "uma cirurgiã do coração no escuro".

A empresa britânica reconheceu que a liberação de petróleo no mar ocorreu devido a uma falha no equipamento que veda o poço petrolífero em caso de ruptura.

Segundo McKay, os engenheiros da BP estão finalizando a construção de uma cúpula de contenção que ajudará a mitigar o desastre, que deverá estar em operação nos próximos seis a oito dias.

Enquanto isso, aproximadamente 200 mil galões de petróleo cru estão sendo despejados no mar diariamente

NP/afp/rts
DW



Lucro da britânica BP no 1º tri mais que dobra e supera previsão


Lucro líquido somou US$ 6,08 bilhões no período, quando a projeção era de US$ 5,06 bilhões

LONDRES - A petroleira britânica BP obteve lucro líquido de US$ 6,08 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 137,5% maior que o de US$ 2,56 bilhões de igual período do ano passado. A medida de lucro mais olhada pelos analistas, que exclui ganhos ou perdas com estoques e outros itens não operacionais, passou de US$ 2,58 bilhões para US$ 5,65 bilhões, um aumento de 119%. O resultado superou a previsão média de analistas consultados pela Dow Jones, que era de US$ 5,06 bilhões.

A receita aumentou 54,7%, passando de US$ 48,09 bilhões para US$ 74,41 bilhões. De acordo com um porta-voz da BP, o forte desempenho resultou de uma "multiplicidade de fatores", entre eles a produção maior que a prevista por alguns analistas, a receita elevada das operações de gás e o bom desempenho operacional das refinarias.

A relação entre dívida líquida e capital total do grupo recuou quatro pontos porcentuais, para 19%. Apesar dos bons resultados, o porta-voz da BP alertou que a perspectiva da petroleira para o restante do ano continua inalterada e que os próximos trimestres serão mais fracos. Manutenções de rotina devem reduzir a produção em cerca de 100 mil barris por dia no Mar do Norte e no Golfo do México no segundo trimestre, segundo a empresa.

A produção total de gás e petróleo do grupo foi de 4,01 milhões de barris por dia no primeiro trimestre deste ano, 0,1% menor que a de igual período de 2009. Analistas esperavam uma queda maior, de 0,9%.

O executivo-chefe da BP, Tony Hayward, disse em e-mail à equipe que os números fortes do grupo são ofuscados pelo contínuo derramamento de óleo de um campo do grupo no Golfo do México. "Faremos todo o possível - primeiro, para controlar o poço; segundo, para assegurar que não haverá nenhuma consequência ambiental séria; terceiro, para entender como isso ocorreu e assegurar que nunca volte a ocorrer", disse ele.

Um representante da Administração Atmosférica e Oceanográfica Nacional dos EUA disse ao Wall Street Journal que o derramamento deverá atingir o continente até sábado. Na região da costa do Golfo há centenas de espécies animais. Também há ali uma importante indústria de pesca de peixes e frutos do mar. Especialistas alertam de que essa indústria pesqueira pode ser arruinada, caso autoridades não consigam conter a disseminação do vazamento de óleo.

As informações são da Dow Jones.
Economia & Negócios do Jornal Estado de São Paulo 


Incidentes anteriores

Apesar de a BP ter destacado sua resposta rápida ao desastre no Estado da Louisiana - e sua cooperação com a investigação do incidente junto ao governo dos Estados Unidos - a reputação da companhia naquele país já sofreu golpes com incidentes anteriores.

Em dezembro de 2009 um júri do Estado do Texas concedeu uma indenização de US$ 100 milhões (R$ 173 mi) a dez funcionários de uma refinaria de petróleo da BP que afirmaram que um vazamento em 2007 os deixou doentes.

A BP alegou que qualquer substância tóxica tinha vindo de fora da refinaria - a mesma refinaria que já tinha sofrido com outra explosão em 2005.

Na explosão de 2005 ao sul de Houston, um total de 15 pessoas morreram e outras 170 ficaram feridas. A BP foi multada em US$ 87 milhões (R$ 151 mi) e também levou outra multa de US$ 50 milhões (R$ 87 mi) do departamento de Justiça.

BBC Brasil




Outono/2010 in Brazil
















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