MGF..."FGM" mulheres e meninas ainda são vítimas de mutilação genital todo ano... - uno Gitano™

MGF..."FGM" mulheres e meninas ainda são vítimas de mutilação genital todo ano...

Hospede inúmeras fotos no slide.com GRÁTIS!Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, 6 de fevereiro. Cerca de 3 milhões de mulheres são vítimas de mutilação genital todo ano.
Dia internacional alerta contra a prática em todo o mundo. Apesar do alto número de vítimas, medidas políticas contra esse tipo de violência contra a mulher deixam a desejar. Na Alemanha, estados preparam projeto de lei para tornar mais rigorosa a punição desse crime.

Mais de 150 milhões de mulheres e meninas foram submetidas à mutilação genital feminina em todo o mundo. Segundo o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), cerca de três milhões de meninas se tornam vítimas dessa prática a cada ano.

Por ocasião do Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, 6 de fevereiro, foi lançada em Berlim uma campanha contra esse tipo de violência contra a mulher. A mentora da iniciativa lançada por diversas organizações é a ex-modelo Waris Dirie, ela própria mutilada na idade de 5 anos em seu país de origem, a Somália.

Waris Dirie
Waris Dirie denuncia que os políticos em todo o mundo, não só na Europa, só fazem promessas vazias. Como encarregada especial das Nações Unidas, ela exige medidas concretas: "É um problema mundial, não apenas africano. Acontece em todo o mundo, e com uma frequência muito maior do que se imagina. É chocante e decepcionante ver os políticos internacionais se omitindo dessa forma".



Não é só na África e nos países árabes...

As principais vítimas da mutilação genital são sobretudo meninas e mulheres de 28 países africanos, grande parte no sul do Saara. Fora da África, essa prática é comum principalmente em países árabes como Omã e Iêmen e também na Guiné-Bissau, Indonésia, Malásia, e outros, do subcontinente indiano, países da Europa, da América do Norte e da Austrália, principalmente nas comunidades imigradas destas regiões".

Na Europa e na América do Norte, os imigrantes muitas vezes viajam para seus países de origem para mandar mutilar suas filhas.

"Cultural tradition..."or sadism...? God!!!
A meta da campanha é alertar para esse grave problema mundial por meio de uma propaganda provocadora.

A organização de defesa dos direitos da mulher Terre des Femmes se empenha desde 1983 contra a mutilação de meninas e mulheres, sobretudo na África. A política verde alemã Irmingard Schewe-Gerigk, presidente da organização, descreve a resistência contra esse crime: "Em Burkina-Faso, por exemplo, 300 voluntárias combatem a mutilação genital feminina com nosso incentivo e apoio financeiro. Essas mulheres visitam vilarejos e informam a população sobre as consequências nocivas dessa prática". Até agora, 32 mil meninas puderam ser protegidas da mutilação em consequência desse trabalho voluntário.

A Terre des Femmes também atua em Serra Leoa, onde as mulheres anteriormente incumbidas de realizar a mutilação adquirem chances de mudar de profissão com ofertas de alfabetização, cursos de agricultura ou indenização financeira.

A associação LebKom e.V. (uma sigla que quer dizer "comunicação viva com mulheres em sua própria cultura") desenvolve projetos no Quênia, a fim de proteger as meninas, fortalecer as mulheres e mobilizar os homens. Na opinião de Kerstin Hesse, atuante há sete anos no Quênia, a mutilação genital feminina só pode ser combatida se todos estiverem envolvidos no processo. Afinal, não adianta uma mulher decidir que não mandará mutilar sua filha, se o resto da família for contra essa decisão.

"Já que no Quênia, assim como no mundo inteiro, são os homens que decidem e determinam as regras dentro da família e na sociedade, nós nos concentramos sobretudo no trabalho com os homens. Oferecemos cursos para 210 docentes, 50% homens e 50% mulheres. Esses cursos foram concebidos para durar três anos e meio.

"No início do projeto, em 2002, a maioria dos professores matriculados eram defensores radicais da mutilação feminina, uma frente masculina disposta a defender sua cultura", descreve Hesse.

Entretanto, os profissionais responsáveis pelos cursos se mostraram aptos a lidar com essa reação completamente compreensível dos participantes. Após apenas três meses de curso, homens e mulheres estavam decididos a proteger suas filhas da mutilação. Os participantes acharam tão enriquecedor o que aprenderam nos cursos que se entusiasmaram em dividir esse conhecimento com a maior quantidade possível de pessoas, lembra a política verde alemã e presidente da Terre des Femmes.


Perpectiva de mudar o código penal alemão

Segundo Irmingard Schewe-Gerigk, na Alemanha vivem 20 mil mulheres mutiladas, sendo que 5 mil meninas correm o risco de serem submetidas à mutilação. "Eu gostaria que essas meninas fossem colocadas sob nossa proteção. Temos que fazer tudo para impedir que elas não sejam mutiladas na Alemanha ou durante alguma viagem de férias ao país de origem dos pais".

Além disso, as mulheres afetadas teriam direito a assistência médica. Nesse ponto, a Alemanha não oferece as melhores condições, alerta a política verde. É por isso que a Terre des Femmes iniciou uma campanha de assinaturas em colaboração com o centro de planejamento familiar Balance, a fim de assegurar que as vítimas realmente obtenham financiamento para serem examinadas, orientadas e operadas.

Por ocasião do Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, políticos alemães fizeram um apelo pelo repúdio dessa prática em todo o mundo.

Na Alemanha, uma mudança na legislação sobre o tema está sendo levada adiante. Os estados de Baden-Württemberg e de Hessen já apresentaram ao Bundesrat, câmara alta do Parlamento alemão, um projeto de lei que prevê uma pena de prisão de pelo menos dois anos para casos de mutilação genital.

Até agora, essa prática era punida apenas como lesão corporal simples ou culposa. Diversos estados com governos conservadores já demonstraram apoio ao projeto de lei.

Essa postura é nova. Em julho de 2009, as bancadas cristãs ainda defendiam as atuais regulamentações penais, considerando um maior rigor legal contraproducente para as vítimas.

Autora: Sabine Ripperger (sl)
DW


Mutilação genital feminina na Guiné e na Indonésia

O Semanário português Expresso dá a notícia da divisão dos deputados do Parlamento guineense em relação à aprovação de uma lei para proibir a mutilação genital feminina no país. Fernando Gomes, fundador e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, é um dos parlamentares que tenta fazer passar a lei, contra a resistência dos que não querem mexer com a tradição. Em Portugal e noutros Estados europeus com comunidades imigrantes provenientes de países onde se mutilam ainda os órgãos genitais das mulheres e meninas é completamente proibido realizar tal prática. Esperemos que os dirigentes políticos da Guiné-Bissau tenham a coragem de pelo menos dar os instrumentos legais àquelas que se empenham na luta contra este flagelo. Mesmo com aprovação da lei ainda haverá um longo caminho a percorrer para mudar as mentalidades e os costumes.

Female Genital Mutilation or Cutting (FGM/C)
A Organização Mundial de Saúde estabelece uma tipologia dos tipos de mutilação que vão dos menos radicais, que podem limitar-se à realização de um pequeníssimo corte ritual no clitóris só até fazer sair uma gota de sangue, até outros que incluem a remoção do capuz do clitóris, ou do capuz e do próprio clitóris, ou a amputação completa destes e dos lábios menores, até aos casos mais graves, da chamada infibulação, em que após a ablação os lábios maiores são costurados quase em todo o comprimento deixando apenas um pequeno orifício para passagem da urina e do sangue menstrual.

Também na Indonésia se mantém ainda a tradição da mutilação genital. De acordo com um estudo de que se deu notícia no jornal Kompas, citado no blog Indonesia Matters, 90% das mulheres indonésias são circuncidadas. O mesmo blog aponta para um artigo do New York Times, de Janeiro passado, onde se fala num valor ainda mais elevado, 96%. Este jornal inclui fotografias de uma sessão de mutilação em massa (de mais de 200 numa manhã) realizada em Bandung pela Fundação Assalaam, cujo responsável pelos serviços sociais diz (pasmem), que: “há três ‘benefícios’ para as meninas e mulheres: um, estabiliza a libido delas; dois, vai fazer a mulher ficar mais bonita aos olhos do marido; e três, dá-lhes equilíbrio psicológico”.

Os direitos humanos são universais e há que se continuar a trabalhar para que cheguem também a estas vítimas da infame tradição.

Autor: hanoin oin-oin de João Paulo Esperança


A Mutilação Genital Feminina - MGF é uma espécie de ritual representativo da passagem para a vida adulta de uma menina/mulher, sendo prática muito comum na África durante séculos. A prática da MGF pode ser realizada utilizando-se ferramentas básicas, como tesouras, facas, pedaços de vidro ou navalhas, para a extirpação/mutilação do órgão genital feminino, enquanto a vítima é imobilizada por outras mulheres.

O procedimento é feito de forma artesanal, sem nenhum tratamento anestésico e/ou antisséptico, contando ainda com a reação desesperada da vítima, o que pode ocasionar acidentes cuja gravidade ultrapassem a mutilação.

Estudos estimam que haja mais de 115 milhões de mulheres e meninas no mundo que sofreram mutilações genitais: clitoridictomia ou infibulação. Segundo Fatou Sow tais "práticas são comuns em 28 países africanos, com costumes diferentes de uma região para outra. Na África do oeste, é a ablação do clitóris a mais praticada. A infibulação o é em países como a Somália, o Sudão, a Etiópia e o Egito. Mas outros países no mundo têm igualmente estas práticas, como o Iêmen, a Indonésia, a Malásia, e outros, do subcontinente indiano. Isto acontece também em certos países da Europa, da América do Norte e da Austrália, principalmente nas comunidades imigradas destas regiões".

Sad and gloomy ...
Stupid rituals of ignorant adults
A prática ritualística ofende a integridade física e moral de diversas meninas africanas, sendo vista pela população mundial como violação dos direitos humanos e fundamentais. Quanto a isso não há dúvida. Sabemos que, embora a cultura seja importante para determinada comunidade, sua força não pode por em risco as pessoas, o que seria uma clara e expressiva demonstração de crueldade e desrespeito à dignidade da pessoa humana.




Testemunho comovedor de uma vítima de MGF:



“Sofri mutilação genital feminina aos dez anos. A minha defunta avó disse-me então que me iam levar perto do rio para executar uma espécie de cerimônia, e que depois me dariam muita comida. Como criança inocente que era, lá fui como uma ovelha para a matança. Mal entrei no arbusto secreto, levaram-me para um quarto muito escuro e tiraram-me as roupas. Vendaram-me os olhos e despiram-me completamente. Depois, duas mulheres fortes levaram-me para o local onde seria a operação. Quatro mulheres com força obrigaram-me a deitar-me de costas, duas apertando-me uma perna cada uma. Outra mulher sentou-se sobre o meu peito para eu não mexer a parte de cima do meu corpo. Um bocado de tecido foi-me posto dentro da boca para eu não gritar. Depois raparam-me os pelos. Quando começou a operação debati-me imenso. A dor era terrível e insuportável. Enquanto me debatia cortaram-me e perdi sangue. Todos os que fizeram parte da operação estavam meios bêbados. Outros estavam a dançar e a cantar, e ainda pior, estavam nus. Fui mutilada com um canivete rombo. Depois da operação, ninguém me podia ajudar a andar. O que me puseram na ferida cheirava mal e doía. Estes foram momentos terríveis para mim. Cada vez que queria urinar, era forçada a estar em pé. A urina espalhava-se pela ferida e causava de novo a dor inicial. Às vezes tinha de me forçar a não urinar, com medo da dor terrível. Não me anestesiaram durante a operação, nem me deram antibióticos contra infecções. Depois, tive uma hemorragia e fiquei anêmica. A culpa foi atribuída à feitiçaria. Sofri durante muito tempo de infecções vaginais agudas.”

Hannah Koroma, Serra Leoa.

Link de explicações e imagens desoladoras e extremamente chocantes:
 Contra Capa















Verão/2010 in Brazil

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